quarta-feira, 20 de junho de 2007

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Nome comum: Baiji
Nome em Português: Baiji ou Golfinho Branco
Nome em inglês: Chinese River Dolphin
Nome Científico: Lipotes vexillifer
Outros Nomes: Yangtze rio golfinho, Pei C'hi, golfinho de Whitefin, golfinho de Whiteflag, golfinho de rio chinês
Reino: Animal
Filo: Chordata
Classe: Mamífero
Sub classe: Eutheria
Ordem: Cetacea
Sub ordem: Odontoceti (baleia Dentada, golfinho ou toninha)
Superfamília: Platanistoidea
Família: Lipotidae
Gênero: Lipotes
Tamanho: Baiji têm 80 a 90 cm (32 - 35 em) quando eles nascem. Adultos com 2 anos - 2.4 metros (6 ft 6 em - 8 ft).
Peso: Quando eles nascem, baiji pese entre 2.5 e 4.8 kg (6 - 11 lb). baiji de Adulto pese entre 100 e 160 kg (220 - 355 lb).



Habitat: Rio Yangtze, China
Tempo de vida: 30 anos
Alimentação: Pequenos peixes e camarão
Dentição: Eles têm uma média de 65 dentes em cada fila de ambas as mandíbulas.
Descrição: O Baiji possui o corpo claro em um tom azulado cinzentado e sua barriga é branca ou um branco acinzentado. A barbatana é muito baixa e de forma triangular e as nadadeiras são arrendodadas e curtas. Olhos pequenos.
População: ZERO
Estatistica: EXTINTO. O animal era um autêntico fóssil vivo, que habitava as águas do rio mais longo da China há 25 mil anos. Cerca de 400 baiji viviam no rio Yang Tse em 1980. Na última pesquisa, em 1997, foram avistados 13 golfinhos, e um pescador disse ter visto um exemplar em 2004.


Lúcia Helena Salvetti De Cicco

louva- a- deus

NOME COMUM: Louva-a-Deus
NOME EM INGLÊS: Praying Mantis
NOME CIENTÍFICO: Mantis religiosa
FILO: Arthorpoda
LASSE: Insecta
ORDEM: Orthoptera
FAMÍLIA: Mantidae
COMPRIMENTO: (fêmea): Cerca de 5 cm
CABEÇA: triangular, que se movimenta facilmente
ANTENAS: curtas e delgadas
COR: verde ou castanho
ENVOLTÓRIO DOS OVOS: 4 cm de comprimento, 2 cm de largura

O Louvadeus é um inseto carnívoro, ou seja, ele se alimenta de outros insetos como mosquitos. Ele tem olhos muito desenvolvidos e por isso enxerga muito bem, o que ajuda quando precisa caçar para se alimentar. Suas patas dianteiras (da frente) são usadas para caçar. O louvadeus fica parado nas plantas esperando. Quando um outro inseto chega perto, ele rapidamente pega este mosquito ou borboleta com suas patas.

O Louvadeus tem este nome justamente porque enquanto espera outro inseto fica com as patas paradas como se estivesse *rezando*.

O louvadeus tem patas traseiras (pernas) muito fortes que são usadas para andar, pular e ajudar quando vão voar. Eles vivem em matas e áreas de muita vegetação, sendo que conseguem se confundir com as plantas por causa de sua cor e por ficarem imóveis por longos períodos de tempo. Isso é importante para que não sejam comidos por outros animais, como pássaros e morcegos.

Apesar de serem muito diferentes, os louvadeus são parentes das baratas e dos grilos. Mas o louvadeus é benvindo, principalmente nas plantações porque ajuda a combater os insetos que destroem as plantas.

Existem mais de 2000 espécies de louvadeus em todo o mundo, mas quase todos vivem em locais de temperaturas quentes (regiões tropicais e sub-tropicais).

Panda-gigante

Nome vulgar: PANDA GIGANTE
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Ursidae
Nome científico: Ailuropoda melanoleuca
Nome inglês: Panda
Distribuição: Sul da China
Habitat: Florestas de bambu da região montanhosa da China, em altitudes de 1500 até 3000 metros.
Hábitos: Alimentam-se quase que exclusivamente de folhas tenras e brotos de bambu.
Comprimento: até 1,5 m
Peso: até 160 kg
Época reprodutiva: o acasalamento ocorre na primavera e no inverno nascem dois filhotes
Gestação: 7 a 9 meses
Nº de filhotes: 02
Peso dos filhotes: 02 kg
Alimentação na natureza: quase exclusivamente de folhas tenras e brotos de bambus. O pouco valor alimentício do bambu obriga-os a comer o dia inteiro. Algumas vezs pegam um peixe ou um pequeno mamífero.
Causas da extinção: Hoje existem apenas 1.000 desses animais no mundo, vivendo em reservas florestais ou cativeiros. A devastação das florestas asiáticas, a lenta reprodução do bambu (sua base alimentar), o excesso de burocracia, ineficiência e a caça voraz colocaram o panda sob sério risco de extinção. Dificultando ainda mais a preservação da espécie, a sua capacidade de procriar é mínima.

Eles não hibernam e passam o verão nos altos platôs do Tibete oriental. Alimentam-se quase que exclusivamente de folhas tenras e brotos de bambu, que levam à boca com as patas dianteiras.

As fêmeas têm um único período fértil por ano e a cada gravidez elas conseguem gerar apenas dois filhotes, que estão sujeitos a acidentes fatais quando ainda pequenos. Não é raro a mãe sufocar o filho por excesso de carinho, ou então esmagá-lo ao adormecer distraidamente sobre ele. Ao nascer, o panda mede somente 10 centímetros e pesa menos de 100 gramas.

Embora tenha um sistema digestivo preparado para o consumo de carne, o panda se alimenta exclusivamente das folhas e do talo do bambu, ficando até 14 horas seguidas sentado, consumindo de 12 a 14 kg da planta. Talvez por isso a espécie tenha uma existência solitária, se reunindo em grupos ocasionalmente ou no período de fertilidade das fêmeas, que se estende por apenas três dias.

Vivem sozinhos, abrigados em ocos de árvores ou fendas de rochas. O panda tornou-se o símbolo das espécies ameaçadas e o emblema da Fundação Mundial de Vida Selvagem.

Golfinho

Os Golfinhos são mamíferos e não peixes. Eles são animais de sangue quente como o homem e dão à luz a um filhote de cada vez e são animais sociáveis, tanto com os humanos com outros animais e entre eles. Existem 37 espécies conhecidas de golfinhos entre os de água salgada e doce. TEMPO DE VIDA: em torno de 40 anos

REPRODUÇÃO
ORGÃOS REPRODUTORES
TAMANHO
TEMPERAMENTO
CAPACIDADE DE MERGULHO
DENTES
PELE
ALIMENTAÇÃO
INTELIGÊNCIA
COMUNICAÇÃO
EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE
OS MITOS

REPRODUÇÃO: Nasce apenas um filhote de cada vez e a gestação dura, em média 12 meses, dependendo da espécie. Observando golfinhos em cativeiro, os cientistas determinaram o tempo de gravidez exato para algumas espécies, mas o período de gestação continua desconhecido para a maioria das espécies de golfinhos. Os cientistas crêem também que quase todas as espécies são promiscuas (partilham as fêmeas). O bebê nasce apontando primeiro o rabo, e irá mamar até 4 anos (ele só deixará de mamar mais cedo dependendo das circunstâncias). Os detalhes mais íntimos do acasalamento e nascimento de golfinhos, têm permanecido escondidos da observação humana. Muitos investigadores possuem apenas uma vaga idéia dos hábitos reprodutivos dos golfinhos. Pensa-se que o acasalamento é sazonal e é realizado de barriga para barriga como as baleias e muitas fêmeas não reproduzem todos os anos. Por vezes existe uma fêmea a ajudar no processo. O pai do golfinho bebe não participa na vida ativa e tratamento do seu filho, porém em algumas espécies, há fêmeas cuja função é a de babá.


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ORGÃOS REPRODUTORES: Nos machos, a abertura genital é na frente do anûs. O longo pênis, que normalmente se encontra completamente dentro do corpo, está quase sempre retraído e emerge apenas quando o golfinho tem uma ereção. O par de testículos encontra-se escondido dentro da cavidade abdominal, perto dos rins.
Nas fêmeas, a abertura genital também se encontra na barriga, onde se localizam os órgãos genitais e urinários. As duas glândulas mamárias estão dos dois lados da abertura genital e os mamilos encontram-se retraídos. Contudo estes se estendem durante a amamentação, pois o bebe golfinho não consegue modificar o formato da boca de forma a "sugar" o leite, tendo por isso de formar uma passagem entre a língua e a boca, na qual recolhe o leite da mãe.

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TAMANHO: desde 90 cm (golfinho recém-nascido) até 4 m (golfinhos adultos). Os mais conhecidos, de focinho longo, têm cerca de 2 metros de comprimento.

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TEMPERAMENTO: usualmente afáveis e brincalhões, os golfinhos parecem gostar de companhia humana. Alguns são mais arredios. Há casos raros de agressividade, normalmente quando são provocados.

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CAPACIDADE DE MERGULHO: o golfinho tem uma única narina no alto do crânio. Através dela, ele pode renovar 90% do volume de ar cada vez que inspira (no homem, a renovação é de 15%). Num único mergulho, o golfinho é capaz de submergir por 20 minutos até 300 metros de profundidade.
Velocidade: embora sejam gorduchos, os golfinhos conseguem nadar a velocidades de até 40 Km/h, graças a um efeito aerodinâmico que eles alcançam contraindo a pele e formando dobras que diminuem as turbulências.

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DENTES: Os dentes de um golfinho não são usados para mastigar a comida inteira mas ajudam a agarrar a presa. Alguns cientistas também pensam que os dentes são espaçados de tal modo para ajudar o golfinho a analisar ondas de som quando saltam atrás de algum objeto.

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PELE: Como a pele de humano, a pele dos golfinhos têm muitos nervos que explicam por que eles são dóceis e gostam de ser acariciados. A Pele do golfinho também é extremamente delicada e facilmente se fere através de superfícies ásperas. Pode ser cortado por uma unha afiada, mas tende a curar depressa.

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ALIMENTAÇÃO: Os golfinhos são caçadores, e alimentam-se principalmente de diversas espécies de peixe. Contudo alguns golfinhos preferem lulas e outros comem moluscos e camarão. As orcas, os maiores golfinhos existentes, consomem tudo o que já foi referido anteriormente e geralmente consomem mais do que qualquer outro golfinho. Um macho adulto em cativeiro, devora cerca e 160 Km de peixe por dia, mas a média e de 79 Kg para os machos, 63 Kg para as fêmeas e 16 Kg para os bebês. Em cativeiro, as orcas alimentam-se de peixe morto, em liberdade, além de peixe também se alimentam de outros mamíferos como as focas, e os leões marinhos.
Os cientistas determinam a dieta dos golfinhos examinando o estomago dos animais mortos nas praias e por vezes, mas com raridade, as suas fezes.
Provavelmente todas as espécies de golfinhos usam o sonar para apanhar os peixes. Mas quando as orcas caçam mamíferos marinhos, têm de fazer muito mais do que utilizar o sonar, têm de esperar quietas, observar e por fim atacar. Em pleno oceano, os golfinhos muitas vezes encurralam os cadurmes de peixes, obrigando-os a saltar para fora de água.
Fenômeno várias vezes observado pelos investigadores e cientistas.

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INTELIGÊNCIA: São diversos os fatores que afetam aquilo a que chamamos de "inteligência".
O principal componente é a habilidade que se tem de comunicar.
Um humano pode ser extremamente inteligente mas, se depender todo o seu tempo a tentar sobreviver, então não restará tempo para o pensamento.
Tempo livre é então um grande fator, e os golfinhos têm-no em abundância.
Em primeiro lugar, os golfinhos não dormem como nós, eles são capazes de "desligar" uma parte do cérebro por minutos numa determinada altura ao longo do dia.
Muito raramente "desligam" o cérebro completamente. Isto é necessário porque os golfinhos necessitam de respirar ar pelo menos uma vez em cada 8 minutos.
As únicas coisas que um golfinho faz é comer grandes quantidades de peixe e brincar.
A comunicação entre espécies é também necessária. Os golfinhos usam uma linguagem por assobios que é 10 vezes mais rápida que a nossa fala e 10 vezes mais alta em freqüência.
Para que um golfinho falasse com a nossa velocidade, seria como se um humano tentasse falar com um trombone, muito lento.
É muito difícil para nós falarmos assim tão devagar, e para os golfinhos também.
Outra particularidade na comunicação dos golfinhos é o sonar, que lhes permite determinar as reações internas de outros golfinhos, humanos, peixes, etc. Também através do sonar um golfinho consegue ver se alguém está ferido ou não.


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COMUNICAÇÃO: O golfinho é capaz de gerar som sob a forma de clicks, dentro dos seus sacos nasais, situados por detrás da nuca.
A freqüência dos clicks é mais alta que a dos sons usados para comunicações e difere de espécie para espécie. A nuca toma a função de lente que foca o som num feixe que é projetado para a frente do mamífero. Quando o som atinge um objeto, alguma energia na forma de onda e refletida para o golfinho. Aparentemente é o maxilar inferior que recebe o eco, e o tecido gorduroso que lhe precede, que o transmite ao ouvido médio e posteriormente ao cérebro.
Recentemente foi sugerido que os dentes e os nervos dentários transmitiam informações adicionais ao cérebro dos golfinhos. Assim que um eco é recebido, o golfinho gera outro click. O lapso temporal entre os clicks permite ao golfinho identificar a distância que o separa do objeto. Pela continuidade deste processo, o golfinho consegue seguir objetos.
Ele é capaz de o fazer num ambiente com ruído, é capaz de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e pode ecoar diferentes objetos simultaneamente - fatores que fazem inveja a qualquer sonar humano.
O tipo de som que os golfinhos emitem não tem um nome específico. Não há dúvida, porém, que, de seu modo peculiar, os golfinhos " falam " abundantemente.
Cientistas que convivem com o cetáceo são unânimes em afirmar que os golfinhos mantêm algum tipo de comunicação auditiva. Alguns garantem que essa comunicação tem regras e serve para organizá-los socialmente, como acontece com os homens.
Ninguém, entretanto, foi tão longe como a equipe do Instituto de Morfologia Evolutiva e Ecologia dos Animais da Academia de Ciências da Rússia. Pesquisadores comandados pelo cientista Vladimir Markov, depois de um longo estudo no golfinário de Karadag, no Arzebaijão, publicaram um trabalho em que anunciam a existência do " golfinhêz ". Ou seja: um sistema aberto de linguagem composto de 51 sons de impulsão vocal e nove tipos de assobios tonais, que comporiam um possível alfabeto próprio da espécie.
De acordo com Markov, os golfinhos são capazes de compor frases e palavras regidas por leis semelhantes às da sintaxe humana.

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EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE: Pouco se sabe acerca dos fósseis de antigas espécies de golfinhos, e o que se sabe é extremamente incerto. Supõe-se que há cerca de 50 milhões de anos atrás, uma espécie de gato pré-histórico (Mesonychidea), começou a passar mais tempo na água à procura de alimento, e que eventualmente se transformou para melhor se adaptar a esse novo meio ambiente.
O regresso à água, trouxe benefícios significantes para os carnívoros terrestres. Os animais marinhos eram uma nova fonte alimento inexplorada. Mesmo assim, demorou ainda milhões de anos até que os primeiros cetáceos apareceram nos oceanos.
Os primeiros cetáceos foram provavelmente os "Protocetidea", há cerca de 40-50 milhões de anos atrás. Tudo o que sabemos acerca destes pioneiros cetáceos é que possuíam algumas caracterizas reconhecíveis da sua espécie. O seu estilo de vida séria, provavelmente anfíbio e não completamente aquático.
Há cerca de 40 milhões de anos atrás, surgiu o "Dorudontinae", que eram muito similares aos golfinhos.
Entre 24 e 34 milhões de anos atrás, surgiram dois grupos "Odontoceti" e "Mysticeti". Entre os primitivos Odontoceti o "Suqalodontae" era o mais parecido com os golfinhos modernos, e foi provavelmente deste grupo que derivaram os golfinhos. Mas havia ainda um aspecto primitivo que os distinguia bem dos atuais golfinhos: os dentes. Nos primitivos Odontoceti, os dentes eram quase todos diferentes, enquanto que nos atuais golfinhos, os dentes são praticamente iguais.
Há cerca de 24 milhões de anos atrás, uma família bastante diversa denominada de "Kentriodontidae" aparece nos oceanos Atlântico e Pacifico. E é desta família que nasce a super família "Delphinoidea", cerca de 10 milhões de anos depois.

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OS MITOS: O sentimento de parentesco entre humanos e golfinhos vem desde milhares de anos atrás. Os cidadãos da Grécia Antiga adoravam os golfinhos como Deuses, e mantinham um santuário do que eles consideravam ser o Deus Golfinho. Eles achavam que os golfinhos eram mensageiros dos Deuses.
Atualmente estes mamíferos, já não se encontram elevados ao estado de Deuses, mas para muitas pessoas são considerados como "os humanos do mar". Alguns aquários contribuem para este ponto de vista, promovendo os seus golfinhos como personalidades. Também o cinema, a televisão e a ficção cientifica contribuem para o mesmo.
Mas são os golfinhos super-inteligentes?
Apesar dos cérebros dos golfinhos variarem de tamanho de espécie para espécie, são relativamente grandes. Contudo o tamanho do cérebro em nada revela a natureza da inteligência.
Alguns cientistas sugerem que o fato do cérebro ser tão grande é necessário para o "sonar" e o processamento do som destes mamíferos. Outros afirmam que o nível de inteligência dos golfinhos encontra-se entre o de um cão e o de um chimpanzé.
E a resposta certa é... não sabemos. Assim como a inteligência humana se adapta as nossas necessidades, a inteligência dos golfinhos adapta-se às suas necessidades.
Atualmente o estudo junto dos golfinhos selvagens, revela apenas que eles são curiosos e aparentemente sociáveis. A Roma Antiga contava histórias de rapazinhos que montavam os golfinhos, o que é provavelmente verdade, nos últimos anos, tanto crianças como adultos têm montado golfinhos ao longo das costas dos Estados Unidos, Irlanda, França, Espanha, Iugoslávia, Austrália e Inglaterra.
Conhecem-se também casos de golfinhos que tem salvo vítimas de afogamento. Contudo existem vários documentos de casos de golfinhos que puxam as pessoas para fora da zona de segurança e que os mantêm debaixo de água.
Apesar de casos raros de ataque de golfinhos aos seres humanos eles são animais fortes e independentes e devem ser sempre respeitados.

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Leão

NOME VULGAR: Leão (macho) Leoa (fêmea)
NOME CIENTÍFICO: Panthera leo
REINO: Animal
FILO: Chordata
SUBFILO: Vertebrata
CLASSE: Mammalia (mamíferos)
SUBCLASSE: Theria
ORDEM: Carnívora
SUBGÊNERO: Leo
GÊNERO: Panthera
FAMÍLIA: Felidae
SUBFAMÍLIA: Feloidea
ESPÉCIE: Leo
SUBESPÉCIES:
ÁFRICA


Norte da Africa - Panthera Leo Leo (Leão-do-atlas). Extinto de 1922.
Zaire - Panthera Leo azandica
Angola - Panthera Leo bleyenberghi -(Leão-do-catanga). Muito ameaçado.
Africa do Sul - Panthera Leo krugeri
Leste da Africa - Panthera Leo nubica
Oeste da Africa - Panthera Leo senegalensis (Leão-do-senegal). Muito ameaçado.
Quênia e Tanzânia - Pahnthera leo masssaicus (Leão-dos-massais)- Protegido. é no entanto caçado.
ÁSIA
Floresta de Gir, India - Panthera Leo persica (Leão-da-índia) - Exemplares vivos: 200, na índia (reserva de Gir). A sua caça é proibida.

OUTROS NOMES:

Inglaterra e USA - African Lion (macho) lioness (fêmea)
França - lion d'Afrique
Alemanha - Löwe
Espanha - león
Amharic: Ethiopia - ambessa
Chichewa: Malawi - nkharam
Damara: Namibia - xamm
Hausa - zaki
Nepal - hiun chituwa
Ibo, Yoruba: Nigeria - odum, aja
Ju/hoan Bushman: Botswana, Namibia - n!hai
Kikuyu: Kenya - ngatia, muruthi
Lingala: África Ocidental - ngouambulu
Luo: Kenya, Uganda - labwor
Maasai, Samburu: Kenya, Tanzania - olugatany
Setswana: Botswana - tau
KiSwahili - simba
Somalia - aar, baranbarqo, libaax, gool, davar

DESCRIÇÃO: Macho: juba imponente. Pelame curto, de ocre-prateado a marrom escuro; ventre esbranquiçado.
DIMENSÕES: macho: de 2,6 a 3,3 m; fêmea: de 2,4 a 2,7 m
CAUDA: 60 cm - 1 m de comprimento. A cauda do leão termina num tufo de pêlos negros, espessos, que ocultam uma excrescência córnea, em forma de esporão, com 6-12 mm de comprimento. Ao agitá-la, ele tenta afugentar as moscas, suas inimigas. Mas tais movimentos também podem significar raiva ou mau humor.
PESO: macho: 150-250 kg: fêmea: 120-185 kg.
ALTURA DO QUARTO TRASEIRO: De 95 a 102 cm (macho) 85 cm (fêmea)
MANDÍBULAS: Munidas de maxilares pequenos e fortes e de dentes terríveis. Próprias para capturar presas. Munidas de caninos com cerca de 6 cm, de incisivos curtos e de ferozes dentes trífidos.
PATAS: Providas de almofadas plantares e de garras retrateis devido a um sistema de ligamentos.
JUBA: Por vezes muito luxuriante, dá a sensação de grande volume, mas sem aumento de peso. De cor clara, começa a crescer no jovem macho aos 2 anos. No fim de 5-6 anos, pode atingir 24 cm de comprimento. Com o passar dos anos começa a escurecer, principiando por trás, e varia do amarelo-claro ao preto, passando pelo vermelho e o marrom.
RUGIDOS: Diz-se que o rugido do leão é o mais aterrador e o mais grandioso dos sons dos animais selvagens. Em condições favoráveis, este rugido, que se propaga em sons fortes, roucos e violentos, pode ser ouvido a 8-9 km de distância. O leão ruge mais freqüentemente ao anoitecer, para avisar aos outros que o território está ocupado.
FOCINHO: O focinho dos leões, tanto do macho como da fêmea, possui pêlos curtos brancos no queixo, na extremidade das mandíbulas e em torno dos olhos.
OLHOS: A cor da íris dos olhos passa do dourado ao castanho, consoante a idade e a luminosidade. Ao caçar, o leão utiliza mais a visão e a audição do que o sentido menos desenvolvido do olfato.
VELOCIDADE: o leão, devido a sua grande massa muscular, não ultrapassa os 58 km/h
PEITO: Musculoso, compacto e flexível.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Espalhado por toda a África e reserva de Gir, na Índia. Desapareceu da Índia e da Ásia Menor, onde também existiu.
HABITAT: savanas e regiões semidesérticas; até 3.000 m.
REGIME ALIMENTAR: carnívoro (predador e necrófago). É um dos maiores carnívoros; alimenta-se principalmente de zebras, veados, antílopes e girafas. Em média, uma fêmea precisa de 5 kg de carne por dia e um macho de 7 kg. Mas, na natureza, a caça tem um ritmo irregular e por vezes acontece deles ficarem sem comer durante dois ou três dias. Quando a caça é farta, são capazes de ingerir 20-30 kg de carne de uma só vez.
HABITOS: Tem hábitos crepusculares, caçando ao entardecer, de emboscada, perto dos rios e lagos.
ESTRUTURA SOCIAL: grupo comunitário com vários machos, não hierarquizado. Os machos lutam entre si para disputar a fêmea e vence o mais forte.
MATURIDADE SEXUAL: entre os 3-4 anos
DURAÇÃO DO CIO: 2 a 8 dias
ÉPOCA DE REPRODUÇÃO: todo o ano.
TEMPO DE GESTAÇÃO: 100-119 dias
Nº De CRIAS POR ANO: 1 ninhada por ano
RECÉM-NASCIDOS POR PARTO: 2-6, em geral 2-3
PESO AO NASCER: pesam cerca de 2 kg
CARACTERÍSTICA AO NASCER: nascem de olhos fechados. Os olhos abrem-se em torno do 10 ap 15º dia de vida e os dentes de leite nascem ao fim de três semanas. Só então eles começam a se mover automaticamente. Os dentes definitivos completam-se entre 9-12 meses.
AMAMENTAÇÂO: os filhotes são amamentados durante 6 meses.
LONGEVIDADE: em estado selvagem, cerca de 15 anos; em cativeiro, 30 anos
EXEMPLARES VIVOS: 200.000 na África, 200 na Índia (números aproximados - censo de 1997 - Enciclopédia Larousse)
EXEMPLARES NO BRASIL: 195 distribuídos nos zoológicos de todo o Brasil - veja o censo (1999) segundo a Base de Dados Tropical.
REI DOS ANIMAIS: O leão é chamado de "Rei dos Animais" pois, além de sua aparência majestosa, é a fêmea quem caça, abastecendo o bando

Pantera negra em extinção

ONÇA - PRETA
A rainha das selvas brasileiras

NOME COMUM: Onça preta, pantera negra, pantera nebulosa


NOME EM TUPI GUARANI: jaraguá-pichuna
NOME CIENTÍFICO: Panthera onca
NOME EM INGLÊS: Black Panther


FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Carnívora
FAMÍLIA: Felidae
CARACTERÍSTICAS:
Maturidade sexual aos 3 anos
Período de vida: 18 a 20 anos
Gestação: 93 a 110 dias

Na onça-pintada ocorre também o fenômeno do melanismo, comum aos leopardos asiáticos (pantera - negra) e outros felinos. A coloração amarela, neste caso, é substituída por uma pelagem preta ou quase preta. Dependendo da incidência da luz, percebe-se o mesmo tipo de manchas oceladas encontradas nas onças comuns.

O animal na forma melânica é chamado de onça-preta e em tupi-guarani recebe o nome de jaraguá-pichuna. Pela sua raridade, a onça-preta é um animal que desperta grande procura por parte dos zoológicos de todo mundo. Durante muito tempo quiseram alguns zólogos classificar esse animal como uma nova espécie. Um grave erro, visto que a onça-preta pode nascer no meio de uma ninhada de "pintadas", bem como de um cruzamento de onças-pretas pode nascer uma onça-pintada. A onça-preta ocorre com freqüência em regiões florestadas.
Essa postagem é dedicada para mim que ama todos os animais porém, dómestico o melhor é o cão para mim então lá vai:
Pitt bull














Há muitas raças caninas que a exemplo do American Pit Bull Terrier não são reconhecidas pelas três principais entidades cinófilas do mundo, a Federação Cinológica Internacional (FCI), o American Kennel Club (AKC) e o britânico The Kennel Club (TKC).
Nenhuma, contudo, faz tanto sucesso hoje no Brasil e no mundo quanto ele. Mais conhecido apenas por Pit Bull, parte de sua grande notoriedade atual se deu por acontecimentos pouco felizes. Em 1999, acidentes causados por exemplares de temperamento atípico ou mal conduzidos pelos donos foram explorados pela mídia lançando a raça no rol da fama. A má repercussão gerou reações. Criadores, veterinários e especialistas em comportamento animal ganharam espaço nos jornais e programas de televisão em prol do Pit Bull.
As explicações necessárias foram dadas: cães com desvio de temperamento representam uma minoria de exemplares, aparecem em todas as raças - não só no Pit Bull -, são fruto de uma má seleção de acasalamentos ou do manejo e educação inapropriados ou, ainda, de ambos os fatores somados.
A moral da história foi divulgada: banir essa ou aquela raça canina não coloca a sociedade a salvo de acidentes causados por cães; o que traz segurança à população são acasalamentos bem planejados e posse responsável.



O temperamento típico do Pit Bull também passou a ser veiculado pela mídia.
Proprietários particulares e criadores experientes falaram sobre o perfil equilibrado e amigável de seus exemplares. Pits simpáticos e sociáveis desfilaram por entre platéias admiradas.
Superado o mal-entendido, e mesmo que este ainda mantenha seus ranços, o Pit Bull se tornou um dos cães mais conhecidos do País.
E tem provado que a má fama do passado não prejudica seu sucesso. Ano a ano ele reúne um maior número de admiradores em solo nacional.
De 2000, ano seguinte ao da difamação pública e da conseqüente retratação, até 2003, última data com dados disponíveis, a quantidade anual de nascimentos registrados da raça na Confederação Brasileira de Cinofilia mais que triplicou, passando de 1.393 exemplares para 4.239.
O salto significou a conquista de 11 posições no ranking de filhotes nascidos de todas as raças.
Hoje o Pit Bull é a 8a mais registrada do Brasil, abocanhando 4,03% do total da população canina que recebe pedigree anualmente.
Em 2000, sua colocação era a 19a, e sua fatia sobre o total de cães registrados era de 1,43%.
Se você faz parte do crescente grupo de interessados pela raça, confira nesta reportagem o superguia do Pit Bull, com informações sobre padrão oficial, aparência, cuidados, saúde, temperamento e convívio.











Quando um cão é reconhecido por uma entidade de grande peso, como a Federação Cinológica Internacional (FCI) - que adota um padrão específico para cada raça por ela aceita e impõe como regra que todos seus países filiados (no caso, 80) o sigam -, a criação mundial tem maiores chances de evoluir de maneira organizada e unificada. Afinal,
todos trabalham tendo como objetivo um único padrão, um mesmo cão ideal.
No caso do Pit Bull, que não é reconhecido pela FCI nem pelo American Kennel Club e pelo The Kennel Club, outras duas entidades bastante relevantes no cenário global, os criadores são obrigados a adotar padrões de órgãos cinófilos menos influentes. Como há vários órgãos com esse perfil, também há vários padrões, dificultando a homogeneização do plantel mundial da raça.
Em outras palavras, cada criador tem a liberdade de seguir o padrão que considera mais adequado; e padrões diferentes sendo adotados para uma mesma raça significam pessoas trabalhando por objetivos distintos, por cães distintos.
Justamente para contornar esse problema, a entidade máxima da criação nacional, a Confederação Brasileira de Cinofilia (CB KC), passou a recomendar no fim de 2000 que os criadores nacionais seguissem o padrão de uma das associações norte-americanas que reconhecem a raça, o United Kennel Club (UKC). Mais tarde, em janeiro de 2002, como a orientação não agradava a todos, a CBKC resolveu lançar seu próprio padrão para o Pit Bull, em caráter experimental.
A idéia era que os criadores do País avaliassem o documento e sugerissem aprimoramentos, permitindo que o texto definitivo fosse elaborado a contento geral e passasse a vigorar para a raça no País todo. Assim, a criação verde-amarela de Pit Bull trabalharia em busca de um mesmo modelo ideal de cão.
A iniciativa, no entanto, não deu certo. Houve muita polêmica em torno da proposta de padrão e acabou não se chegando a um texto final.
A CBKC, então, decidiu retomar sua orientação inicial. Hoje o padrão em vigor no País é o do UKC.




DOBERMANN: A BUSCA DA PERFEIÇÃO


















Doberman

Amantes da raça alertam para a importância das características físicas ideais do Dobermann, que fizeram sua fama de excelente defensor

Dobermann brasileiro esta passando pela pior fase dos últimos 20 anos. Esta é a opinião de José Peduti Neto, juiz de todas as raças há 30 anos, que já julgou mais de dois mil Dobermanns no Brasil e no Exterior. E não é só ele que pensa assim: vários adestradores e criadores também. "A situação da raça está péssima. Muitas vezes eu saio para comprar um Dobermann e acabo desistindo", diz o adestrador Carlos Rangel, administrador da empresa de segurança Pires, que já adestrou cerca de 300 Dobermanns em seus 24 anos de experiência. "A qualidade do plantel decaiu muito pois reduziu-se o número de criadores que investiam na raça, importando e enviando fêmeas para acasalar no exterior", afirma Zanizar Rodrigues da Silva, criador há 14 anos pelo Zards Kennel, em São Paulo, e juiz especializado na raça.

A crítica rigorosa desses especialistas refere-se a incorreções físicas que prejudicam uma das marcas registradas da raça: a agilidade. Ela foi um dos fatores decisivos para a eleição do Dobermann como a melhor raça de guarda entre as sete mais populares, por três conceituados adestradores (edição 197 de Cães & Cia). Dos 15 critérios avaliados, três tinham relação com agilidade, e somente o Dobermann se destacou em todos: "capa-cidade de correr e saltar ameaçadoramente", "agilidade ao lutar" e "facilidade de fazer a ronda". Como os próprios entrevistados ponderam, uma redução da agilidade compromete o potencial máximo do Dobermann em situações em que perder alguns segundos pode ser decisivo.

MOVIMENTAÇÃO
Correr e pular sem parar no portão ajuda a intimidar os passantes. É uma encenação desgastante que cansa fácil outras raças menos ágeis e mais pesadas - mas não um bom Dobermann. A raça também se destaca pela habilidade de saltar em todas as direções e desviar de chutes, tiros e facadas. Isso reduz a vulnerabilidade durante um confronto. E tem mais: com um salto rápido e certeiro, pode impedir que um bandido use uma arma. Suas qualidades físicas permitem ainda percorrer um terreno por um bom tempo sem se cansar. Essa capacidade é importantíssima para defender sítios ou terrenos industriais.

Um bom Dobermann também consegue correr em alta velocidade, o que facilita perseguições a invasores. "Quanto menor o tempo para trocar de passada e maior o passo, maior a velocidade e menor o gasto de energia", explica Peduti. Ou seja: o cão corre mais e se cansa menos. Flexibilidade é outra característica típica da raça: as pernas do Dobermann devem ser elásticas o suficiente para saltar com facilidade. Quanto maior a propulsão, maior o pulo. E isso também é fundamental numa perseguição, quando ele pode ter de transpor barreiras. Para desenvolver todas essas capacidades - agilidade, velocidade e flexibilidade - o Dobermann precisa ter um equilíbrio perfeito entre tamanho dos ossos, musculatura e encaixe das articulaçães. Mas nem sempre é isso que se vê.

ANGULAÇÕES
O que determina a abertura da perna e a capacidade de realizar movimentos rápidos em todas as direções com desenvoltura são as boas angulações formadas pelos ossos dos membros traseiros e dianteiros. A partir de 1990, diante da importância das angulações principais, o padrão passou a especificá-las mais detalhadamente. "Cerca de 60% dos Dobermanns que passam pela minha escola de adestramento têm problemas de angulação", afirma João Pereira, juiz e adestrador há 23 anos, dono do Canil Siborg (onde tem atualmente 16 Dobermanns), ex-instrutor do canil da Polícia Militar e do Clube Bandeirante do Dobermann. Isso compromete tanto a agilidade quanto a velocidade do cão. "Um Dobermann fisicamente correto demora apenas dois segundos para sentar; um ruim demora o dobro", ilustra Pereira. "Pode parecer insignificante, mas fará diferença caso o cão precise agir para evitar o disparo do revólver de um ladrão, por exemplo", lembra. "Um cão de físico mais perfeito realiza as atividades físicas com maior correção, é o que se presume. No entanto, isso depende também do temperamento", observa Zanizar.

Em provas nas quais resistência e velocidade são testadas, cães mal angulados também perdem pontos. "Comparados com um Dobermann correto, eles precisam dar o dobro de passos para fazer um percurso", afirma Rangel. "Isso causa um desgaste físico maior e, portanto, mais cansaço, comprometendo muito a cobertura de grandes extensões", completa.

Pernas tortas, muito compridas ou muito curtas também dificultam a atividade física. "Cerca de 30% dos cães que acompanho têm as pernas tortas", estima Pereira. "Eles cansam antes e correm menos do que os outros", conta. "Cães com calcanhares virados para dentro (jarretes de vaca) perdem alcance de passada e portanto têm maior dificuldade de percorrer grandes distâncias", explica Peduti. "Os ligamentos começam a doer. Alguns até chegam a mancar quando forçam muito e outros caem de joelhos depois de um salto", fala Pereira.

OSSO E MÚSCULO
O peso dos ossos e o tamanho dos músculos são determinantes da movimentação típica da raça. A partir de 1990, o padrão também mostra preocupação com isso: aumentou a altura máxima permitida, introduziu o peso que o cão deve ter e passou a considerar "falta desqualificante" em pistas de julgamento qualquer variação maior que dois centímetros - para mais ou para menos.

Cães leves não têm massa e substância. Já os muito pesados têm menos agilidade, velocidade e flexibilidade. No caso do Dobermann, desvios para menos são os mais freqüentes, e devem ser evitados. Afinal, um Dobermann "fino" demais pode ser muito ágil, mas não assusta ninguém e perde o impacto no ataque. Rangel cita um caso que aconteceu na casa de um amigo, com três Dobermanns de estrutura leve e um Dogue Alemão tomando conta de seu quintal. Certa vez, o dono estava viajando e um homem invadiu a casa. Encontraram o ladrão morto do lado de fora (provavelmente pela mordida do Dogue, devido à extensão do estrago) e os três Dobermanns esfaqueados. Ou seja, o ladrão sozinho venceu os três ao mesmo tempo, e ainda conseguiu pular o muro.

Os entrevistados dizem que falta ossatura a muitos Dobermanns no Brasil. "Alguns mais parecem galgos", observa Peduti. "Ossos finos aumentam a vulnerabilidade a chutes e quedas, e podem levar a fraturas e torções", lembra Rangel. "Um dos meus cães de ossatura harmoniosa mas leve torceu a pata dianteira pulando um obstáculo e ficou traumatizado", comenta. Outro caso que Rangel relata é o de um Dobermann que, durante um ataque, quebrou a perna em três partes, devido à formação óssea comprometedora. Ainda que o cão tenha perseguido e lutado com o ladrão, imobilizando-o (atitude para a qual havia sido treinado), se não tivesse o problema, teria evitado essas fraturas e a cirurgia de alto custo à qual teve de ser submetido. Os cães de ossatura leve às vezes são excessivamente pernaltas, o que os deixa desequilibrados. "Já tive uns quatro mais altos do que o permitido pelo padrão, aqui no meu canil: eles tinham a mobilidade comprometida, dificultando a reação em um ataque", conta.

Por outro lado, um Dobermann grande, com ossatura muito pesada e pouca massa muscular, fica mais lento, e tem maior dificuldade de saltar e correr do que os proporcionais. Outro problema que eventualmente aparece são cães com pernas excessivamente longas, pois ficam sem equilíbrio.

Segundo os entrevistados, também está faltando massa muscular aos Dobermanns brasileiros. Na verdade, uma coisa é conseqüência da outra. Cães com estrutura óssea delicada normalmente têm músculos menores, pois o potencial de crescimento deles depende do volume dos ossos. Sem uma boa musculatura, um cão de guarda perde força, resistência e velocidade para se impor em uma luta. Pouca musculatura também prejudica a capacidade de saltar: o Dobermann precisa de músculos para alimentar seu "sistema propulsor". Junto com angulaçães corretas, são músculos bem-delineados que permitem a grande mobilidade e velocidade do Dobermann. A musculatura também tem um papel importante na resistência do cachorro em corridas e caminhada

s. O extremo oposto, ou seja exemplares exageradamente musculosos, é raro, mas igualmente indesejável: músculos em excesso deixam o cão pesado demais, e comprometem sua agilidade. "A segurança com cães de guarda exige que eles sejam, na medida certa, resistentes, fortes e velozes tanto para defender adequadamente o território como para tentar reduzir a vantagem das armas de fogo", define Rangel.

MORDIDA
Uma das armas mais poderosas de um cão de guarda é a sua mordida. Num ataque, a capacidade de abocanhar corretamente, fixar os dentes e segurar a "presa" é o que faz a diferença entre o sucesso ou o fracasso. Por isso, o Dobermann deve ter mandíbulas fortes, e mordida ampla: o focinho tem de ser largo na região dos dentes da frente; e sua boca, quando aberta, deve alcançar até os molares. A dentição tem de ser completa, e a mordedura, em tesoura (os quatro dentes da frente da arcada superior devem se sobrepor aos quatro de baixo). Isso praticamente impossibilita retirar algo que esteja sendo mordido pelo cachorro, enquanto sua boca permanecer fechada. "Ao lado dos dentes incisivos, os caninos, mais longos, funcionam como uma trava que se finca e segura firme", diz Rangel.

Têm aparecido alguns cães prognatas - com os dentes inferiores fechando à frente dos de cima, como nos Buldogues. O Dobermann tem um focinho longo que, ainda que deva ter boa largura na região dos dentes da frente, não é tão largo como nas raças naturalmente prognatas. Isso significa que quando ele morde, a área de apoio é pequena e exige um encaixe mais perfeito para fixar bem a presa. Um Dobermann prognata não consegue. "É o que observamos nos treinos: fica fácil tirar da boca deles a luva usada para receber as mordidas durante o ataque, porque suas mandíbulas têm menos pressão", conta Rangel. Se o cão resistir, terá de fazer muita força, e ficará mais cansado.

Quando faltam dentes, o cão sente dor ao morder e sua gengiva pode até sangrar. O dente que faria "par" com o que está ausente pode machucar a gengiva quando o cão aperta as mandíbulas para morder com força. A gravidade do problema vai depender de quais dentes estão faltando. "A falta de dentes da frente é pior do que a falta de dentes de trás, sobretudo se for um canino ou um outro dente grande", explica Rangel. O próprio cachorro entende que falta de dentes ou mordida errada atrapalham a eficiência do ataque - muitos deles perdem o interesse durante essa parte do treinamento. "Já vi isso acontecer com um prognata durante uma prova de adestramento", revela. "Apenas um cão com grande agressividade não seria prejudicado no trabalho pela falta de dentes", acrescenta Zanizar.



Poodle











Na sociedade moderna a miniaturização está por toda parte: telefones, computadores, eletrodomésticos, etc. Vivemos em espaços cada vez menores. Quando o assunto é Poodle, muitos querem os menores exemplares e exigem até mesmo garantia de que o cão não vai crescer muito.
É o que observam vários criadores da raça, que apontam uma procura significativa pela variedade menor. A maioria das pessoas desconhece como pode ser grande a diferença de convívio determinada por alguns centímetros na altura, implicando uma mudança no perfil do lar que vai se adequar melhor ao cão. Errar na escolha do tamanho pode corromper a relação cachorro-dono, pois ambas as partes ficarão infelizes.

FORTE DEMANDA
O padrão oficial da raça, publicado pela Confederação Brasileira de Cinofilia, filiada à Federação Cinológica Internacional, estabelece claramente que apenas quatro tamanhos são reconhecidos: o Poodle Grande (de 45 a 60 cm), o Poodle Médio ou Standard (de 35 a 45 cm), o Poodle Anão (de 28 a 35 cm) e o Poodle Toy (abaixo de 28 cm, sendo 25 cm a altura do tipo ideal). Mas, para atender a procura, o Toy acabou subdividido em denominações não reconhecidas oficialmente pela Cinofilia.
Nos anúncios de venda, o nome Toy é geralmente usado para exemplares na faixa de 25 a 28 cm. Os com menos de 20 cm são chamados de Micro e os de tamanho intermediário recebem o nome Micro Toy.
Essa classificação decorre da diferença de tamanho facilmente perceptível entre os Toys, além de as variações comportamentais tornarem-se mais óbvias à medida que o porte diminui. Já para o Poodle Anão o mercado prefere a denominação Miniatura, considerada mais elegante por eliminar qualquer conotação de proporções não ideais, como pernas curtas demais, típicas do nanismo mas não dos Poodles Anões, evitando gerar confusão.

XÍCARA DE CHÁ



A busca pelos Poodles menores não é uma característica exclusivamente nacional: mesmo em países como os Estados Unidos há criadores que anunciam a criação dos Poodles Toys, Tiny Toys (Micro Toys) e os Teacups Sizes (os tamanhos xícara de chá, ou seja, os Micros), muitas vezes com garantias genéticas. "O American Kennel Club determina que o Poodle Toy pode ter, no máximo, 25,4 cm e que exemplares com 20 cm podem participar de exposições e competições", comenta a cinóloga Hilda Drummond. "As nomenclaturas extra-oficiais como Teacup e Tiny Toy são só utilizadas para Poodles com menos de 20 cm."

O pequeno tamanho está associado algumas vezes à praticidade. Outras, ao próprio instinto de preservação que o ser humano possa sentir em relação a um cão pequeno. Imagine-se andando pela rua e encontrando um garotinho e um adulto, ambos precisando de cuidados. A preocupação será maior com a criança do que com o adulto.

Muitos criadores dos Poodles menores concordam quando dizem que a fragilidade desperta o instinto de proteção. Por isso, o público feminino se identificaria mais com essas variedades. "A mulher gosta mesmo de tudo que lembra o aspecto delicado, bibelô das coisas, e o instinto maternal aparece nessas horas", explica a psicóloga Eva Irene Blass. "Quanto menor é o cão, maior é o sentimento de proteção que desperta e menos complicado é levá-lo junto", diz. E exemplifica: "A modelo Gisele Bündchen leva o cãozinho dela, pelo mundo todo, dentro de uma sacola."

A ligação entre sofisticação e tamanho vem da própria sociedade e da tecnologia, explica Eva Irene. "Se um eletrodoméstico qualquer é pequeno, então a sofisticação é grande, pois há a imagem de, quanto menor, mais caro e mais raro